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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre a nossa situação...


Nossa de todos os portugueses. Não vale a pena estarmos com "paninhos quentes". A situação é verdadeiramente complexa e grave. Não vale a pena iludirmo-nos que tudo vai ser como antes da crise mundial mas também nem tudo é mau. É verdade que gastámos mais do que deviamos, todos nós em separado e em conjunto, é verdade que o Governo inicialmente fez como a avestruz e meteu a cabeça na areia para não ver, negou as evidências até que em Maio teve que tomar medidas (medidas que todos acharam insuficientes) e que acabou por se provar ontem. O que o Governo apresentou ontem não foi mais do que aquilo que a OCDE apontou como sendo as medidas necessárias. E provavelmente o que poderá fazer com que o FMI não entre por aqui dentro a cortar a eito. Aí seria ainda pior, acredito.

Sim, muitos subsidios vão ser cortados. Mas se calhar também eram demasiados. Somos um país demasiado dependente de subsidios. Sim, vamos pagar mais impostos e nem por isso teremos mais e melhores escolas, cuidados de saúde e justiça. Detesto os jobs for the boys e os ordenados multi-milionários na função pública.

Mas, por outro lado, a necessidade aguça o engenho e todos os dias vejo casos de empresas que se conseguem afirmar pela positiva tanto cá dentro como lá fora. Isto é trabalho, muito trabalho e bem feito. Não é só fruto da sorte. Temos é que ser melhores que os melhores, e não baixar os braços! Encarar as dificuldades de frente e vencê-las!

2 comentários:

  1. Bom post. Tiveste a visão verdadeira da, péssima, situação do país e ao mesmo tempo conseguiste colocar algo de positivo.

    Eu vía agora nas noticias que as empresas públicas dão milhões de prejuizo. Falo de duas que conheço minimamente porque sou utente de ambas...CP e Metro do Porto. O Metro do Porto tem bilhetes carissimos e está sempre cheio...como é possivel dar milhões de prejuizo? E a CP? Experimentem ir a uma estação da CP, sobretudo às 6ªs e Domingos, está à pinha...o Alfa Pendular está à pinha...mesmo na classe conforto cujos bilhetes custam 40 euros...Como é possivel dar prejuizo?

    Alguém anda a meter para o bolso...e não é pouco...

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  2. também não gosto dos "ordenados multi-milionários na função pública" mas gosto ainda menos de serem os mexilhões dos funcionários públicos os sacrificados "por causa da incompetência acumulada e consecutiva dos seus gestores".
    (tal como diz no artigo do jornal de negócios)

    porque eu acho que estamos como estamos, por mera incompetência de sucessivos governos e o que vejo é quem tem muito, continua a ter mas quem pouco tem... faz contas à vida.

    e entretanto, essas empresas fantásticas contam o lucro, à conta de ordenados miseráveis e condições cada vez mais precárias.

    vou ficar por aqui.
    beijinhos

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