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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Algumas reflexões...

Esta campanha do Pingo Doce não me sai da cabeça. 
Ou melhor, não me saem da cabeça as imagens das pessoas como que famintas em ataque selvagem às prateleiras como se estivéssemos num país de hiperinflação (ou seja que os preços a todas as horas, instantes mesmos variam). E, sabem, independentemente se as pessoas deveriam ter ou não aproveitado (se lhes valia a pena ou não cada um é que sabe) senti-me humilhada. Como povo. Por o desespero fazer de nós joguetes nas mãos do marketing e não o contrário. 
Houve pessoas que compraram aquilo que podiam e o que não podiam, o que precisavam e não precisavam.  Numa das primeiras aulas de economia aprende-se o seguinte: o dinheiro é escasso e tem usos alternativos e não há almoços grátis. 
Este pode ter sido apenas o início de uma feia guerra de concorrência, predadora e de destruição de valor para a sociedade em geral. Porque com a concorrência nem sempre ganha a sociedade e o "almoço" será pago por alguém, provavelmente não por aquele que tem responsabilidade na campanha. E hoje ainda é dia 3 e o empréstimo da casa deve estar aí a cair... E onde está o dinheiro para ele nalguns casos? Ahhh, nos rolos e rolos de papel higiénico, massa e arroz que acumula na despensa... Pois, não se estraga e foi a metade do preço... Mas o dinheiro é escasso...

(estas reflexões são apenas a minha forma de pensar no geral. cada pessoa que passou em média 5 horas em filas no Pingo Doce terá as suas razões e justificações. não quero de modo algum fazer com que alguém se sinta ofendido) 

1 comentário:

  1. Existem partes em que estou de acordo contigo! Eu fui. Depende como é óbvio, da maneira como foi usado. Eu paguei aquilo que pagava habitualmente por mês, mas fiquei com a dispensa cheia para os próximos 2/3 meses. Agora não é ficar sem € porque foram lá gastar!

    Beijoooo*******

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