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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Das medidas e do muito que se tem dito

Como sabem não gosto de discutir politica aqui no blog. Mas esta é uma excepção. As medidas de austeridade, como lhes chamam, são na verdade medidas de guerra, de último recurso. Os erros ao longo das últimas décadas foram mais que muitos. Quisemos parecer ricos, viver de aparências mas não passava de um baralho de cartas. Digo "nós" mas há uns mais culpados que outros. O povo no geral, acreditou que o tempo das vacas magras tinha acabado. Acreditou naquilo que via acontecer no país. Acreditou nas histórias que lhe contaram e comprou casa, carro, televisão, viagens e o que mais deu com o que tinha e não tinha. Fez o que viu fazerem. E agora que o castelo caiu ficou no chão sem saber o que fazer, sem subsidio de férias e de Natal, com o emprego em perigo ou sem emprego e sem perspectivas... O povo que acreditou agora é que vai pagar.
Sabem, para mim o pior mesmo não é pedirem a todos sacrifício. O pior é pedirem-nos isso porque não há alternativas sem saber se vai ser suficiente, o que vai mudar ou se alguma vez vai mudar. O pior é ver que retiram parte da pensão aquém trabalhou toda uma vida mas as reformas dos deputados e afins, aquelas reformas milionárias não são cortadas pela raiz. O pior é ver que alguns dos responsáveis pela situação não são chamados a responder. Que os responsáveis pelo caso BPN não são condenados nem responsabilizados ( e não me venham dizer que aquele senhor fez tudo sozinho que isso é para anjinhos).
As greves gerais neste momento não adiantam de nada. Onde não há dinheiro não há vícios. E neste momento não há nada. Chore-se ou berre-se.
O caminho é de trabalho. Muito trabalho. Sacrifícios alguns. Mas o dinheiro não é tudo. Há a família, o amor, a família. E por isso não se paga (pelo menos para já...).
Há que ter alguma esperança.
(eu pelo menos tenho que ter senão vou ali internar-me no hospício que é melhor)


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